terça-feira, 25 de março de 2014

CONDENADOS 'A PENA DE MORTE' 528 PESSOAS NO EGITO



A Irmandade Muçulmana do Egito classificou hoje como "injusta" e como "novo crime do golpe militar" a condenação à pena de morte de 528 dos seus seguidores, por ataques contra edifícios governamentais e esquadras da polícia.
No seu sítio oficial na Internet, a organização assinalou que os juízes egípcios estão "submetidos aos militares" e apontou que estas sentenças são "atos sem precedentes na história da Justiça".
Um porta-voz da Irmandade Muçulmana, entrevistado pela agência EFE, considerou que as condenações pretendem intimidar os manifestantes diante do iminente anúncio da candidatura às eleições presidenciais do chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sisi.
O grupo islamita, declarado terrorista pelas autoridades egípcias em dezembro de 2013, denunciou que o tribunal não permitiu que fossem ouvidos os advogados de defesa e nem as suas testemunhas.
"Os cidadãos livres não serão intimidados por atos injustos, muito pelo contrário, isso aumentará a sua fé na revolução e na sua causa", advertiu a organização, em referência aos protestos convocados regularmente pelos seguidores do ex-Presidente Mohamed Morsi, deposto e preso em julho de 2013.
O porta-voz, que pediu anonimato por motivos de segurança, criticou o tribunal por estas sentenças "políticas", depois de somente duas sessões, que duraram pouco mais de cinco minutos cada.
DN

Sem comentários:

Enviar um comentário