sábado, 18 de outubro de 2014

DR. CARLOS LOPES, APONTOU NESTA SEXTA-FEIRA (PASSADA) À NOTE OS DESAFIOS QUE O NOSSO CONTINENTE DEVE ENFRENTAR PARA SUSTENTAR O CRESCIMENTO ECONÓMICO



Bissau - O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África, o guineense Carlos Lopes, apontou sexta-feira à noite os desafios que o continente deve enfrentar para sustentar o crescimento económico que conhece nos últimos anos.

Carlos Lopes está em Bissau a convite do Governo e foi orador numa conferência em que assistiram funcionários de organizações internacionais e diplomatas.

Durante cerca de duas horas, o economista e sociólogo guineense defendeu que "um dos grandes desafios" de África é a industrialização para que se possa transformar localmente a matéria-prima e, assim, gerar emprego. 

O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, que se encontrava na mesa, ouviu Carlos Lopes a sustentar que África, que tem tido uma das taxas de crescimento mais elevadas do mundo na ordem dos cinco por cento ao ano, deverá arranjar soluções para a falta de infraestruturas e energia. 

Trazer para a economia a formalidade, alargar a base tributária, seriam para Carlos Lopes a transformação estrutural de que necessita África para sustentar o crescimento, devendo o Estado ter neste caso "um papel mais interventivo", observou. 

Sendo um continente com cerca de um bilião de pessoas, África devia também incrementar as trocas comerciais entre os seus países e blocos regionais, recentrando toda estratégia na agricultura, visando a transformação a partir das energias renováveis, disse Carlos Lopes. 

A reformulação do sistema educativo com a formação de quadros virados para a indústria, o fim à instabilidade política num continente onde só no último ano mais de 100 milhões de pessoas foram afectadas por conflitos violentos e o combate às desigualdades, são outros dos desafios apontados secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África.

Carlos Lopes realiza no sábado um retiro com todo Governo guineense para preparar uma mesa-redonda que Bissau pretende realizar em Fevereiro com os parceiros internacionais. 

portalangop

1 comentário:

  1. Joaquim Luís Fernandes11 de janeiro de 2015 às 01:31

    O problema da energia é crucial para a industrialização! Mas também se deve pensar muito bem que tipo de industrialização é possível e interessante, assim como a melhor fonte de energia atendendo ao fim a que se destina e ao seu preço.
    E se fosse possível transformar a energia potêncial da maré-motriz em energia elétrica? Então a Guiné Bissau seria auto-sufciente em energia elétrica permanente e ainda poderia exportar. Estou a trabalhar para isso. Vamos aguardar para ver.

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