Inês Vilaranda foi morta na madrugada de segunda-feira
António Teixeira, 49 anos, matou a mulher, a filha de 16 anos e deixou em estado grave a filha mais nova, de 13, em Soure. Esfaqueou as vítimas. Nada prenunciava este fim
Era uma família normal de classe média: António Teixeira, o pai , 49 anos, técnico de informática; Fernanda, 47 anos, a mãe, funcionária num escritório de arquitetura, Inês e Joana, as duas filhas, de 16 e 13 anos, respetivamente, estudantes. Na Urbanização Encosta do Sol, em Soure (distrito de Coimbra), apenas uma família como tantas outras. O cenário de aparência banal mudou na madrugada de segunda-feira, quando António esfaqueou múltiplas vezes a mulher e as duas filhas em casa, utilizando uma faca de cozinha. O horror aconteceu apenas meia hora depois de António e Fernanda terem feito uma caminhada com um casal amigo, em Soure, para aproveitar a noite de verão, segundo soube o DN com fonte da GNR.
Aparentemente, nada na vida do casal indiciava violência doméstica: nunca houve registo de qualquer queixa-crime apresentada pela mulher ou por vizinhos e no apartamento nunca antes se tinham ouvido gritos.
"É difícil perceber, ainda para mais quando se atacam os filhos. Pertence ao domínio da psicologia", afirmou o major Fernandes, porta-voz do comando de Coimbra da GNR. A psicologia tenta explicar. "Atacou com uma faca, o que é muito simbólico. A faca é um instrumento que confere grande proximidade corporal com a vítima. Poderá aqui haver antecedentes psicopatológicos", analisa o psicólogo da Justiça Rui Abrunhosa Gonçalves.
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