sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PM DE CABO VERDE LAMENTA "GRANDE CATÁSTROFE" DO FOGO


Governo vai reconstruir casas na Achada Furna destruídas em 1995 para realojar famílias evacuadas.População de Chã das Caldeiras "será indemnizada" pela perda de bens, mas povoação de Portela vai desaparecer.

O primeiro-ministro de Cabo Verde voltou a reunir-se esta quinta-feira, em São Filipe, com os três presidentes das câmaras municipais da ilha do Fogo. 

José Maria Neves está acompanhado pelas ministras cabo-verdianas da Administração Interna - Marisa Morais, Infraestruturas - Sara Lopes, Desenvolvimento Rural - Eva Ortet e do Ambiente - Antero Veiga, bem como de autoridades militares, policiais e da proteção civil e da coordenadora residente do Sistema da ONU em Cabo Verde - Ulrika Richardson-Golinski.

O objetivo das reuniões é afinar a estratégia do Governo face à erupção vulcânica que começou no domingo. A prioridade é reabilitar as cerca de uma centena de moradias construídas na sequência da erupção de 1995 em Achada Furna, para realojar as famílias evacuadas. O chefe do executivo assegura que os habitantes de Chã das Caldeiras serão compensados pela perda dos seus bens, provocada pela erupção vulcânica e pelas pilhagens. 

O aumento da velocidade da lava expelida pelo vulcão que assola desde domingo a ilha do Fogo obrigou à evacuação, na madrugada de quinta-feira, do centro de operações de segurança que monitoriza também a erupção em Chã das Caldeiras. A lava tem agora uma frente de cerca de 600 metros de largura a caminho de Portela, de onde já fora retirada toda a população, mantendo-se, porém, alguns jovens nas encostas da Bordeira, as "paredes" da grande cratera de Chã das Caldeiras, com 11 quilómetros de extensão. José Maria Neves confirmou que se encontra a caminho de Cabo Verde uma fragata portuguesa com materiais de proteção civil e apoio logístico para reforçar as operações no terreno.
rdp

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