sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

VICE-PRESIDENTE DO PNUD FALA SOBRE DESENVOLVIMENTO NA GUINÉ-BISSAU

Gabriel Davas. Foto: Rádio ONU/Amatijane Candé

Gabriel Davas concedeu entrevista à Rádio ONU e comentou desafios e oportunidades para a nova fase do país africano; segundo ele, nação precisa de reformas para avançar.

Sem a reforma e modernização da administração pública é impossível falar do desenvolvimento na Guiné-Bissau. A ideia foi defendida pelo Representante Adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Gabriel Davas, numa entrevista exclusiva à Rádio ONU.

Actualmente, está em curso uma série de acções de reestruturação em várias instituições do Estado, facto que vem confirmar o anúncio da retoma e consequente aceleração da reforma administrativa, aqui feito por Gabriel Davas que ressalva porém retrocessos registados no processo durante a transição decorrente do golpe de 2012.

Acesso

Ainda na área de governação, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento intervém na formação dos Magistrados do Ministério Público e na expansão do acesso das populações à justiça, através dos centros de assistência legal espalhados, um pouco, por todo o país.

Na matéria de redução da pobreza, o Pnud assiste o governo guineense na melhoria da capacidade de planificação, monitorização e avaliação dos programas do desenvolvimento, bem como na implementação do Denarp, plano estratégico de redução da pobreza, e também a nível das comunidades rurais.

A gestão das cinco áreas protegidas que corresponde a 15% do território da Guiné-Bissau conta com apoio do Programa das Unidas para o Desenvolvimento que na perspectiva de mitigar os impactos das mudanças climáticas ajuda a melhorar a capacidade de previsão de tempo, frisou Gabriel Davas.

Papel

Isto numa altura em que o governo está ocupado juntamente com os parceiros do desenvolvimento nos preparativos para a organização da conferência de doadores, prevista para 25 de março em Bruxelas e para o êxito da qual o Pnud vem desempenhando um papel de aconselhamento ao governo, explicou Davas.

Ao falar do plano de acção do Pnud para este ano, Gabriel Davas fez referência ao quadro programático das Nações Unidas para o ano 2016-2020, elaborado durante o seminário de planificação estratégica do Sistema da ONU em conjunto com o governo da Guiné-Bissau recentemente realizado no país.

Instabilidades

À semelhança de vários países, a Guiné-Bissau não conseguiu atingir nenhuma meta em termos dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio e para Davas o facto é notável sobretudo quando se trata de um país que foi palco de instabilidades recorrentes nos últimos anos.

Entretanto, o Representante Adjunto do Pnud para a área dos programas garantiu que as intervenções acima referidas vão continuar conforme o mandato do Pnud e dentro daquilo que qualificou de plano estratégico global do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

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