quinta-feira, 23 de abril de 2015

PROPRIETÁRIOS DAS HORTAS PRECUPADOS COM ATRASOS NA COLHEITA

O Ponteiro Armando Pereira

Bissau 23 Mar 15 (ANG)-Os proprietários das hortas de caju estão optimistas de que este ano a campanha da comercialização pode vir a ser melhor do que de ano passado, não obstante os atrasos na colheita.

De acordo com uma auscultação feita pela Agência de Noticias da Guiné(ANG) junto dos proprietários dos pomares de caju nas zonas de Cumura, arredores de Bissau, os ponteiros dessa localidade foram unânimes em manifestar as suas preocupações em relação ao começo tardio da colheita de caju.

António Armando Pereira, proprietário da ponta com o mesmo nome disse que, neste momento, não estão a vender as suas castanhas, porque ainda estão na fase de colecta e secagem para depois armazenar para só depois ir para a fase de venda, em cumprimento das orientações da Agência Nacional de Caju (ANCA).

Perguntado sobre a razão de não estarem a vender a castanha uma vez que já há um preço indicativo estipulado pelo Governo que é no valor de 300 francos CFA por quilo, Armando Pereira disse que uma parte da sua castanha vai directamente para o processamento e transformação e a outra parte vai para venda em bruto.


O Ponteiro Ibraima Djalo
“Mas como vê estamos parados a espera do início da campanha porque na prática a campanha ainda não começou porque as castanhas ainda não estão na sua fase madura, e além de mais, os cajueiros não reproduziram muito este ano e já estamos quase no mês de Maio", lamentou.

Disse que o preço estipulado pelo Governo é razoável e compensa pelo menos os custos da limpeza dos pomares e outras despesas inerentes e pode até vir a subir dependendo da boa ou má colheita deste ano.

António Armando Pereira disse ainda que não está a ver a produção de caju deste ano com bons olhos, frisando que, tal se deve a baixa temperatura que assola o país principalmente no período da noite.

Informou que apesar dos constrangimentos causados pela demora na colheita o preço-base estipulado pelo governo está a ser respeitado pelos compradores.
O processo de tratamento da castanha


Aconselhou os demais donos das hortas a conservarem bem as suas castanhas para esperar a evolução da campanha, “porque as expectativas são muito boas”.

Por seu turno, Ibraima Djalo, encarregado da horta "Isabel Romano Vieira" sito na Ponta Gardete também lamentou o atraso da produção de caju e disse que não estão ainda a vender a castanha porque a quantia recolhida ainda não é suficiente para o efeito.
“Não podemos vender porque a quantidade que apanhamos não são suficientes para recuperar os custos da produção.O trabalho da horta envolve muita gente que deve ser pago.Iniciar a venda da castanha neste momento só acarreta perdas”, disse.

Ibraima Djalo adiantou que não espera boa colheita neste ano porque no período homólogo no ano passado os cajueiros já tinham frutos suficientes para a colheita.

Afirmou que há frutos e flores nas árvores mas a falta da temperatura é que está a condicionar a colheita porque “o caju não gosta de frio é uma fruta quente”.

Contudo, Ibraima mostra-se esperançado no bom desenrolar da campanha uma vez que o preço inicial de 300 francos CFA está a ser respeitado pelos comerciantes;
Acrescentou que, se houver boa colheita, o preço até pode vir a subir para 400 ou 500 francos CFA, o quilo, tal como aconteceu no passado.

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