quarta-feira, 19 de agosto de 2015

«GUINÉ-BISSAU» BOTCHE CANDÉ PEDE AO CHEFE DE ESTADO PARA PONDERAR AS SUAS DECISÕES E RECONDUZIR DOMINGOS SIMÕES PEREIRA COMO PRIMEIRO-MINISTRO

Botche Candé

Bissau - O ex-ministro da Administração Interna, exonerado nos finais de 2014 pelo Presidente da República José Mário Vaz, pediu esta segunda-feira ao chefe de Estado para ponderar as suas decisões e reconduzir Domingos Simões Pereira como Primeiro-ministro.

Durante uma marcha de protesto contra o decreto que ditou a queda do Governo a 12 de Agosto, que terminou com um comício na sede do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), em frente a Palácio da República, Botche Candé disse: “houve apelos de todas as partes do mundo, para que o meu irmão mais velho se abdique da sua posição, mas ele avançou com a queda do Governo, mas agora queremos ver ele convide de novo Domingos Simões Pereira para chefiar o Governo do PAIGC, enquanto vencedor das últimas eleições legislativas”.

A manifestação, que decorreu sem incidentes, com medida de segurança, foi acompanhada pelo corpo da Polícia de Intervenção Rápida que, com apoio de elementos da Guarda Nacional e alguns militares, criou um cordão de segurança em frente ao palácio presidencial.

Botche Candé, que foi igualmente presidente da Comissão Organizadora desta manifestação, não escondeu a sua insatisfação pela situação política que o país atravessa de novo, tendo apelado na ocasião ao entendimento entre as partes.

Apesar das chuvas que foram registadas neste dia em Bissau, o mau tempo não impediu que os militantes do PAIGC, assim como os de outras formações políticas, integrassem em grande número o encontro que a comissão organizadora prometeu continuar nos próximos dias.

Entretanto sobre a crise, o Presidente da República manteve encontros terça-feira, 18 de Agosto, com os embaixadores da Nigéria, Espanha, Rússia, Estados Unidos, Franca e o Reino Unido. À saída da reunião os diplomatas aconselharam Mário Vaz ao diálogo e uma da crise através da via constitucional, obedecendo assim à nomeação do Primeiro-ministro com base na indicação do PAIGC.

(c) PNN Portuguese News Network

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