terça-feira, 29 de setembro de 2015

PARLAMENTO DA GUINÉ-BISSAU DÁ MAIS 45 DIAS À COMISSÃO QUE AVERIGUA DENÚNCIAS FEITAS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


O Parlamento da Guiné-Bissau deu mais 45 dias à comissão de inquérito que está a averiguar as denúncias de corrupção com que o Presidente, José Mário Vaz, justificou a demissão do Governo a 12 de agosto.

Inicialmente o Parlamento havia concedido 30 dias à comissão constituída por deputados de diversas bancadas, mas devido à complexidade dos assuntos em análise, o prazo foi prorrogado por mais 45 dias, lê-se num comunicado do hemiciclo guineense.

No documento, a que a Lusa teve hoje acesso, o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, afirma que, por deliberação da comissão permanente, foi aumentado o prazo para permitir que a comissão "conclua sem constrangimentos de ordem temporal os seus trabalhos".

O Presidente da República afirmou no discurso à Nação, a 12 de agosto, horas antes de demitir o Governo eleito, que, entre outros, existiam sinais de corrupção, peculato e nepotismo por parte dos membros do Executivo.

A comissão que está a averiguar as denúncias fez saber ao Parlamento que, tendo-se deparado "com um grande volume de matérias", aliado "à complexidade dos assuntos", serão necessários mais dias até que se possa pronunciar.

O Parlamento - que se encontra de férias, mas substituído pela comissão permanente - louvou os trabalhos já realizados pela comissão de inquérito e incentivou-a a prosseguir na mesma via.

A comissão está mandatada para recolher documentação nos ministérios e departamentos estatais e auscultar qualquer responsável considerado determinante para o apuramento da verdade.

As áreas visadas são a exploração dos recursos florestais, nomeadamente a madeira, contratos de extração de areias pesadas, pesca, entre outras.

Lusa/Conosaba

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