quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

PRESIDENTE DA REPÚBLICA CHAMADO A INTERVIR NA CRISE NA GUINÉ-BISSAU

José Mário Vaz, Presidente a Guiné-Bissau

Oposição e 15 deputados do PAIGC expulsos do Parlamento dizem ter aprovado uma moção de censura ao Governo que já foi enviado a José Mário Vaz.

A mais recente vítima da crise política na Guiné-Bissau é o Comissário Geral da Polícia de Ordem Pública demitido pelo Governo alegadamente por ter deixado entrar no edifício do Parlamento os 15 deputados do PAIGC expulsos da Assembleia Nacional Popular (ANP).

A oposição e os 15 parlamentares expulsos dizem ter aprovado ontem uma moção de censura ao Programa de Governo que já foi enviado ao Presidente da República.

Os guineenses continuam a assistir de forma impotente a crise política que envolve o PAIGC e o presidente do Parlamento, de um lado, e PRS e o Chefe de Estado, José Mário Vaz, do outro.

Ontem, a bancada parlamentar do PRS e os 15 deputados expulsos do PAIGC que perderam o mandato estiveram reunidos durante toda a noite no edifício, mesmo sem energia elétrica à procura de caminhos para censurar o presidente do Parlamento

A reunião teve lugar no hemiciclo à revelia de Cipriano Cassamá, que tinha declarado a interrupção da sessão.

Ontem, o presidente da ANP Cipriano Cassamá tentou, sem sucesso, reunir uma nova sessão.

Na sala estiveram presentes os deputados do PAIGC, incluído os 15 expulsos, os do PRS, além de outros 4 que respondem pelas outras formações políticas, mas o clima era de grande anarquia e tensão.

Afonso Té, presidente do Partido Republicano para Independência e Desenvolvimento (PRID), disse à VOA que a actual crise política não ajuda o país.

“Deve ser criado um espaço para que os assuntos desta natureza sejam submetidos de modo a encontremos alguma luz no fundo de túnel em termos da recorrência de crises “, explicou Té.

Neste momento, há um bloqueio total das instituições políticas.

Os 15 deputados expulsos do PAIGC e os 41 que compõem a bancada parlamentar do PRS dizem ter aprovado ontem uma moção de censura ao Governo de Carlos Correia e que foi enviada ao Presidente da República José Mário Vaz, a quem compete agora pronunciar-se sobre o assunto.

Sem comentários:

Enviar um comentário