sábado, 13 de fevereiro de 2016

«OPINIÃO» FUTEBOL GUINEENSE: "MAMADU BOBO DJALO, MAS CONHECIDO POR: BOBO. HERÓI DE MAURITÂNIA" - KECÓI QUETA

Nortenho por nascimento, portista por obrigação. Bebeu no leite materno e no exemplo paterno valores e sentimentos, mas foi em Canchungo que aprendeu as palavras com que se dizem, sustentam e vigoram.

Foi lá que aprendeu entender a vida e a entender-se que afirmou conceitos e a prática de cidadania.

Sorte de principiante. Não se lembra ao certo de quando começou a jogar futebol. Desde cedo andava com bola no pé, em grandes partidas na escola. Descobrindo-lhe o talento, e dai ao convite para jogar no clube da sua cidade natal, e não hesitou com 14 anos, assinou contrato por duas épocas e em 1979 emigrou-se para Portugal, e onde começou a jogar em Vila-Novense (Gaia), porém no mesmo ano o Porto convenceu-o a mudar para escola de formação. Sete anos volvidos, com o futebol clube do Porto.

Apesar de não jogar no porto, construiu uma sólida carreira profissional e onde esteve nos grandes clubes portugueses, nomes como: Aguida, Varzim, Guimarães, Marítimo, Estrela de Amadora, Boavista e Estados Unidos. Qualquer treinador com ambições no mundo de futebol gostaria de treinar este craque, médio defensivo exemplar, forte na marcação, consciente na forma como sobe no treino e sem pontos fracos no seu jogo, ele é o típico atleta que encarou a carreira com seriedade louvável e como a principal prioridade da vida. Abençoado pela forte estrutura física, foram poucas as lesões que o apoquentaram, permitindo-lhe estar sempre ativo.

Falar do Bobo é sinónimo: raça, força, versatilidade e técnica. Este médio de compleição física invejável. Inteligente, sentido táctico e capacidade de liderança. Em Mauritânia apelidei o homem de maratona devido à excelente condição física, revelou-se o complemento ideal do Ciro, Bebe, e Sidico Queta no meio campo de luxo da selecção. Que lhe valeu a conquista do melhor jogador do torneio de 1983.

Era fundamental na selecção, para organizar as ideias dos mais novos, para puxar a carroça em campo, quando ela pretendia desviar quer para o individualismo, quer para desorganização colectiva. Por dentro e fora, a influência dele era determinante.

Um profissional espectacular. Nunca vi nele um sinal de arrogância, e nem sinal de dissidência pelo contrário, em campo foi sempre verdadeira extensão do treinador, pela experiência que trazia na selecção.

Ele era o craque, os craques estão num recanto muito especial, o craque é uma garantia de rendimento. Joga, faz jogar e aumenta a auto-estima do próprio clube, selecção, incute respeito nos rivais e acende as televisões dos espectadores neutros do mundo inteiro.







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