domingo, 22 de maio de 2016

«ZANGAM-SE AS COMADRES, DESCOBREM-SE AS VERDADES» Líder do PAIGC: “QUEM JURAR RESPEITAR A CONSTITUIÇÃO NÃO PODE RESPEITAR PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ”


O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira disse no início da noite de ontem, 21 de Maio 2016, que qualquer pessoa que jurar respeitar a Constituição da República não pode respeitar José Mário Vaz.

Discursando num comício popular na Praça dos Heróis Nacionais, em Bissau, Simões Pereira fez várias acusações ao Chefe de Estado guineense, entre as quais o envolvimento na venda de areia pesada de Varela, no negócio de compra de barcos de pesca de “grande porte”.

“Nós descobrimos que o Presidente da República, José Mário Vaz exportou 14 contentores da areia pesada para fora da Guiné-Bissau. Não sabíamos que o bauxite estava a ser explorado, então fomos tentar ver o que está ali e descobrimos que o Presidente recebeu 13 milhões de dólares na nossa conta”, afirmou o presidente do partido libertador.

Simões Pereira contou ainda que foi informado por embaixador de um país estrangeiro que o Presidente da República José Mário Vaz é a única pessoa que mandou trazer o barco que pratica a pesca com redes proibidas no mar nacional.

No comício político em que participaram vários dirigentes do PAIGC e representantes de outras formações políticas, o ex-Primeiro-Ministro afirmou que a chefia do governo cabe ao seu partido enquanto vencedor das últimas eleições legislativas.

Sobre o impasse político, consequência da demissão do governo a 12 de corrente mês, Simões Pereira informou que o PAIGC fora solicitado a apresentar proposta de solução governativa e conseguiu “submetê-la a tempo” ao Presidente da República.

Entretanto, perante o público Domingos Simões Pereira disse ter sido informado que o Chefe de Estado terá já convidado uma outra formação política para apresentar o nome do novo Primeiro-Ministro, uma alusão à segunda força política do país, o Partido da Renovação Social (PRS).

Sustentou que a ideia de convidar o seu partido para apresentar a proposta era simplesmente uma forma de “enganar a opinião pública”.

“Não é apenas o crime de retirar o mandato que pertence ao PAIGC para entregar a uma outra formação política e grupo de dissidentes que o Presidente José Mário Vaz cometeu. Ele (JOMAV) tem a capacidade de juntar crimes contra os inocentes”, acusou.

Por: Assana Sambú

Foto: Marcelo N’Canha Na Ritche

Fonte: odemocratagb.com/Coniosaba


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