domingo, 21 de agosto de 2016

«DISCURSO» LUANDA, DSP NO VII CONGRESSO ORDINÁRIO DO MPLA


No VII Congresso Ordinário do MPLA, que decorreu de 17 à 20 de agosto, em Luanda, no Centro de Conferência de Belas, reelegeu como seu presidente, o incontestável líder do partido, José Eduardo dos Santos, o PAIGC esteve representado ao mais alto nível pelo seu presidente, Domingos Simões Pereira.
Durante o discurso proferido, Simões Pereira agradeceu o contributo de muitos dirigentes do partido irmão, MPLA, dos Embaixadores de Angola na Guiné-Bissau, destacando o papel de Brito Sozinho, rendeu homenagem aos delegados ao VII Congresso, referindo-se de que testemunha o passado de “mulheres e homens de Angola, que ousaram sonhar e deram as suas vidas pela liberdade e pela autodeterminação”, desejando “maiores êxitos e que as decisões que serão produzidas e adotadas reforce e fortaleça o MPLA para as próximas e grandes conquistas que se avizinham, sob uma liderança forte e esclarecida, tal como conhecemos hoje por parte do líder incontestável, Camarada José Eduardo dos Santos”.
Pronunciando-se sobre o conteúdo programático agendado para as discussões, disse “também prova de estarmos em presença de um partido alinhado com a atualidade, capaz de responder às exigências do presente e traçar o caminho para conquistar o futuro e construir uma Angola próspera e feliz.”
Ao dirigir ao seu homologo, de forma singela afirmou que “as conquistas só são possíveis com a sábia e clarividente orientação de um líder, de um visionário, de um patriota”, como “Camarada José Eduardo dos Santos, por construir em África um caso de sucesso na conquista da paz, no perdão e reconciliação e na convocação da nação angolana para a edificação do futuro de forma inclusiva e sem segregações por diferenças da cor da pele, de religião, da região ou do género.”
Abordando a crise política na Guiné-Bissau, que considera “induzida, deliberadamente provocada e por isso (permitam-me o termo) completamente desnecessária e mesmo absurda”, o presidente Domingos Pereira, enfatizou “o PAIGC ganhou as últimas eleições com maioria absoluta mas formou um governo de inclusão, convencido de assim interpretar correta e responsavelmente o momento que devia ser de viragem da página e da necessidade de juntar todas as forças numa única direção, a favor da Guiné-Bissau. Em cerca de treze meses de governação produzimos resultados nunca registados na história da Guiné-Bissau, enquanto Estado independente. Em todos os domínios, mas sobretudo na estabilidade do sistema escolar, na prevenção de grandes endemias sanitárias, no fornecimento de serviços básicos à população (particularmente no fornecimento de eletricidade e água às populações – fizemo-lo para 28 localidades que nunca o tinham tido em 42 anos de independência) no início da mecanização da nossa agricultura, num melhor aproveitamento da agro-indústria e na regularização dos atrasados salariais e melhoria da condição laboral.”
E, que foi sobretudo isso que mereceu a confiança da “Conferência de doadores, sustentada por um Plano Estratégico e Operacional batizada por “Terra Ranka” que, com a impressionante resposta da Comunidade Internacional parceira, quando todo o nosso povo celebrava a esperança renovada num futuro melhor, outros entenderam que era chegado o momento de travar a nossa marcha.”
Exortou de que “o povo guineense, ...não tem dúvidas sobre quem é o seu legitimo representante, como não tem dúvidas de que Angola é um país irmão e o MPLA um parceiro amigo, companheiro de longas e importantes batalhas,” lembrando que o PAIGC este ano, a 19 de setembro, completa 60 anos e que para “muita gente ... não o podendo enfrentar de forma legal e democrática, socorre de expedientes de toda a espécie, nem se importando com o risco real de voltarem a produzir a violência e o caos num país já bastante fustigado por esses males. Gente que tendo se servido do partido, agora se apresentam como opositores do mesmo. São na verdade gente sem qualquer compromisso com o passado glorioso do PAIGC e que não se revê nos seus princípios estruturantes nem programáticos. Aqueles a quem Cabral se referia lembrando que “nem toda a gente é do partido” e que “se os nossos movimentos correm riscos, esses só são verdadeiras ameaças quando vêm de dentro, junto de nós”.
Quando na “verdade Camaradas ...muita gente se acomodou com os benefícios destes longos anos da instabilidade e hoje não estão preparados para aceitar a alteração do “status quo” estabelecido. E no meio disso, tudo farão para dificultar e comprometer as relações de amizade e cooperação com os mais próximos e os mais amigos.”
Ciente das dificuldades e convicto, declarou “Viemos aqui também para assegurar que vamos lutar e vamos vencer. Somos os herdeiros de Amílcar Cabral e nada poderá travar a nossa determinação e empenho para derrotar os inimigos do partido e do nosso povo que justamente anseia pela paz e pelo bem-estar por que tanto se tem sacrificado.” Pois, “Vemos no exemplo de Angola uma grande inspiração para conquistar a paz e construir o bem-estar, na Guiné-Bissau.”
Bissau, 20 de agosto de 2016

Carlos Vaz


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