O director da Rádio Sol Mansi (RSM), Casimiro Jorge Cajucam, afirma que a preocupação da rádio é com as pessoas mais vulneráveis e que morrem durante o parto
Casimiro Jorge Cajucam falava, sábado (18/02), na cidade de Bula, a 34 quilómetros de Bissau, durante as comemorações dos 14 anos da existência da RSM ao serviço da paz na Guiné-Bissau.
“A nossa preocupação não é com os políticos, mas com os pobres que não têm o que comer 3 vezes por dia, não têm dinheiro para a consulta médica, que morrem durante o parto e a nossa preocupação é com os que sofrem”, afirma.
Ainda nas comemorações, Cajucam pediu aos ouvintes para continuarem a acreditar no serviço da emissora católica guineense porque os conteúdos das notícias transmitidas são como água pura (sem cheiro, sem gosto e sem cor).
“Continuaremos a transmitira notícia pura. Confiem em cada notícia dada pela RSM porque não fazemos censura. Continuem a estar connosco e nós continuaremos a estar com os nossos ouvintes porque vocês são a razão da nossa criação”
Entretanto, a madrinha dos 16 anos da RSM, Macária Barrai, exorta os ouvintes a continuarem a acompanhar as mensagens transmitidas pela emissora católica para “trabalhar da melhor forma o coração dos políticos guineenses”.
“Transmitam aos políticos as mensagens transmitidas pela RSM para mudar os seus corações”, apela.
Os ouvintes agradeceram a RSM pelos trabalhos levados a cabo e exortam a continuação da linha definida para a evangelização e para a reconciliação nacional.
A Rádio Sol Mansi completou dezasseis anos no passado dia 14 de Fevereiro. Ao longo dos anos a rádio fortificou relações com os ouvintes e parceiros, sempre empenhada em quebrar barreiras físicas e amplia mensagem de paz e do desenvolvimento por todo o país.
Na festa estavam presentes os profissionais da rádio (Jornalistas, repórteres, correspondentes, técnicos e animadores dos programas) e o Clube de Ouvintes, acompanhados num ambiente de festa com os ouvintes e populares de Bula.
A Sol Mansi, fundada pelo padre Davide Sciocco, do PIME, iniciou a suas emissões em Mansoa no dia 14 de Fevereiro do 2001, questionando o valor das rádios durante o conflito armado
“Se existem rádios usadas para favorecer a guerra, porque não fazer uma rádio para favorecer a paz?”, Esta foi a ideia que impulsionou a criação da Sol Mansi que continua a crescer e dispõe de três (3) estúdios (Bissau, Mansoa e Bafatá) e agora com três (3) centros de retransmissão (Canchungo, Catió e Gabú), coadjuvado por mais de cinquenta (50) correspondentes espalhados por todo o país.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos com Conosaba do Porto
Fotos: Rádio Sol Mansi
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