sexta-feira, 10 de novembro de 2017

«MUDANÇAS CLIMÁTICAS» CRISE POLÍTICA IMPEDE RATIFICAÇÃO DO ACORDO DE PARIS SOBRE CLIMA



Bissau,10 Nov 17 (ANG) – A crise política no país que dura há dois anos, impede a ratificação do Acordo de Paris sobre o clima na Guiné-Bissau, diz esta quinta-feira, Viriato Cassamá, diretor-geral do Ambiente, em declarações a DW África

m Dezembro de 2015, na 21ª Conferência da (COP 21),em Paris, foi adotado um novo acordo com o objectivo de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança climática e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos dessas mudanças, mas até agora a Guiné-Bissau não ratificou este documento.
Segundo Viriato Cassamá, a ratificação do acordo depende do fim do impasse político no parlamento.
“O bloqueio no parlamento é que impede a ratificação do documento, porque a Assembleia Nacional Popular (ANP) é o órgão de soberania competente para ratificar todos os acordos internacionais assinados pela Guiné-Bissau”, declarou o diretor-geral de Ambiente.

O Acordo de Paris foi aprovado por 195 países, e é parte da convenção quadro das Nações Unidas sobre o clima (UNFCCC) para reduzir emissões de gases de efeito de estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável.

Perante este facto, o diretor-geral do ambiente revela que a Guiné-Bissau já despõe de um plano nacional, onde elencou o sector da agricultura e gestão da água como sectores prioritários para combater as alterações climáticas.

“O país elaborou sua contribuição nacional que serviu de suporte para assinatura do acordo de Paris, neste sentido está em curso a elaboração do nosso plano de adaptação nacional às alterações climáticas em que vamos tornar as nossas políticas mais resilientes aos efeitos das alterações do clima, como também alguns equipamentos estratégicos da Guiné-Bissau”, referiu ainda Cassamá.

Para além da elaboração do plano nacional contra alterações do clima, a Guiné-Bissau, segundo Cassamá, precisa ter quadros técnicos para fazer face a esses efeitos das alterações climáticas.

Para Cassamá, o país tem que conhecer na realidade as suas vulnerabilidades com base nas informações cientificas.

O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços pata limitar o aumento da temperatura à 1,5º C acima dos níveis pré-industriais.

Conosaba/ANG/R.Jovem

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