quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

SOCIEDADE CIVIL GUINEENSE DIZ BASTA A CRISE POLÍTICA


O Presidente da Plataforma Nacional da Sociedade Civil para a Cidadania e Direitos Humanos exorta, esta quarta-feira (13), o presidente da república, José Mário Vaz, para usar as suas prerrogativas constitucionais para pôr fim a crise persistente no país

As exortações foram tornadas públicas à saída do encontro com o chefe de Estado José Mário Vaz que reúne representantes das duas organizações da Sociedade Civil, o Partido da Renovação Social (PRS), o grupo da comunidade internacional agrupados no P5 e os 15 deputados expulsos na ausência do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e da Assembleia Nacional Popular (parlamento) como também dos outros partidos com o acento parlamentar.

Segundo Vença Mendes o país não pode continuar neste impasse uma vez que é “vergonhoso” para a sociedade civil o que se passa na Guiné-Bissau dada a crise politica.

“Exortamos ao Presidente da República como persisti a crise que envergonha a todos os guineenses, e a sociedade civil não está interessa em ver. Que use a sua prerrogativa constitucional para acabar com a crise, dissolvendo o Parlamento e convocar as eleições legislativas e autárquicas, para completar o ciclo eleitoral no país”, sugere.

O líder da bancada parlamentar do PRS, Sertório Biote, afirma que os renovadores não são parte da crise política mas admite que estão disponíveis a procura de soluções da crise política no país “enquanto actor político”.

Biote ainda reafirma que o PRS vai continuar a apoiar “incondicionalmente” o Governo liderado por Umaro Sissoco até as próximas eleições legislativas que deverão ter lugar em 2018.

“Pretendemos tornar público o inequívoco. O PRS está cansado com esta historia, por isso estamos a reafirmar o nosso apoio incondicional ao actual Governo em função de uma forma inconstitucionais o PRS estará o seu lado até as eleições”, promete.

“Não são os Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que vão resolver os problemas dos guineenses, mas sim os próprios guineenses” atira.

Por sua vez, o Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Jorge Gomes, diz que aconselhou o Presidente da República a usar a sua influência junto aos 15 deputados expulsos do PAIGC para voltarem a casa, criando condições para a implementação do Acordo de Conacri.

“Nos aconselhamos ao Presidente da República a usar a sua influência de magistratura junto dos 15 deputados expulsos do PAIGC para voltarem a casa, em princípio o Chefe de Estado garantiu-nos que vai pensar nas sugestões dadas mas depois do seu regresso de Abuja, (onde deverá participar na cimeira de chefes de Estados e de governos da CEDEAO prevista para o dia 16 de Dezembro), vai continuar a trabalhar para a busca de solução salutar para o país “, revela.

Entretanto, Braima Camara dos 15 deputados expulsos do partido libertador, diz que estão disponíveis para regressar ao PAIGC baseado no acordo de Conacri que se refere as suas reintegrações incondicionais.

“Nós estamos disponíveis e queremos regressar ao PAIGC que o nosso partido como refere o Acordo de Conacri previa a reintegração no PAIGC dos deputados expulsos sem condições para poder recuperar a sua maioria no parlamento e voltar a governar como partido vencedor das últimas eleições legislativas”, sublinha.

O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, antes de deixar o país para responder o convite da CEDEAO, na Nigéria, justificou a ausência dos libertadores no encontro convocado pelo presidente da república para analisar o cumprimento do acordo de Conacri.

“Não quero antecipar qualquer tipo de comentários que possam não contribuir para o momento que vivemos, a única coisa que eu posso dizer é que infelizmente o convite do presidente da república chega e coincide com o dia em que somos convidados a participar num encontro lá fora e portanto, por razão logística, se não viajamos hoje não teríamos condições”, justifica.

Recorde-se que o PAIGC é o vencedor das últimas eleições legislativas mas devido o impasse politica, no derrube do governo liderado por Domingos Simões Pereira, em Agosto de 2015, o país tem conhecido uma crise política e governativa, ao ponto das partes em conflito assinarem acordo internacional, denominado acordo de Conacri, proposto pela CEDEAO que visa a saída da crise. Embora estes passos mas a crise continua e as partes ainda de costas voltadas.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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