quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

SISSOCO EMBALÓ DIZ QUE SEU PEDIDO DE DEMISSÃO É UM GESTO DE RECONHECIMENTO

Primeiro-ministro demissionário Umaro Sissoco Embalo disse esta quarta-feira (17 de Janeiro) que o seu pedido de demissão é um gesto de reconhecimento ao chefe de estado José Mário Vaz.

O chefe do executivo demissionário fez esta declaração no princípio desta tarde no palácio do governo, após despedir-se do seu elenco governamental.

«Veio no quadro de um acordo, acordo de Conacri, como vocês sabem por interesse suprema da nação, fui nomeado pelo presidente José Mário Vaz, não podendo ver-lhe numa situação inconfortável, decidi num gesto do reconhecimento pela oportunidade que me deu, porque uma coisa é verdade foi alguém que nunca mais vai sair na minha memória pela oportunidade que me deu para ser primeiro-ministro da Guiné-Bissau, permitindo-me entrar na história», reconhece.

Interpelado pela imprensa se vai fazer a política, Embaló afirmou que é político, tendo adiantado que avaliar a possibilidade de participar no futuro governo caso for convidado.

No decreto presidencial que exonerou Umaro Sissoco Embalo do cargo do primeiro-ministro, o chefe de Estado não invocou o acordo de Conacri, simplesmente alínea c) do número 1 do roteiro para a saída da crise político-institucional na Guiné-Bissau, apresentado na 52ª Cimeira dos chefes de Estado e do Governo da CEDEAO com vista a obtenção de uma solução política para tirar o país na crise que se encontra.

Entretanto confrontado pela imprensa se sente atraído por um grupo de governantes, Sissoco Embalo, respondeu desta forma. “Eu não tenho este sentimento, porque não pretendo ser Jesus Cristo onde posso admitir a existência de Judas Iscariotes”.

O decreto da exoneração de Umaro Sissoco Embalo, assinala ainda que está em curso no país um processo de diálogo com vista a procura de uma saída para a crise política, com o chefe de Estado a consultar regularmente as forças vivas da sociedade.

Umaro Sissoco Embalo é o quinto primeiro-ministro em três anos de uma legislatura de quatro anos.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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