quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

GUINÉ CONACRI: AUTORIDADES APELAM A CALMA DEPOIS DA MORTE DE SETE PESSOAS



Conakry - As autoridades guineense e a comunidade internacional lançaram, nesta quarta-feira, um apelo a calma, depois de actos de violência que causaram sete mortos, na sequência das eleições locais.

Essas eleições locais foram as primeiras desde o fim dos regimes autoritários que dirigem o país nos últimos 60 anos.

Cinco crianças morreram terça-feira, dois dias depois do voto, num incêndio premeditado, durante a violência em Kalinko, prefeitura de Dinguiraye (centro), anunciou o ministro da Administração do Território, Boureima Condé.

Por outro lado, um estudante de 23 anos, Mamadou Diakouane Diallo, ferido a tiro, terça-feira, no subúrbio de Conacri com duas outras pessoas, morreu no hospital, na noite de terça para quarta-feira, indicou a sua família.

Segunda-feira, os actos de violência mataram uma pessoa, em Kindia (Oeste), quando as forças da ordem tentaram dispersar os militantes da oposição, quando tentavam cercar um centro de contagem dos votos da cidade.

Quarta-feira de manha, a calma retornou em Conacri, onde os manifestantes da oposição haviam bloqueado a circulação em vários bairros suburbanos, para exigir a publicação dos resultados da capital, acusando o governo de quer falsifica-los a seu favor.

Num comunicado publicado quarta-feira, o representante para a África Ocidental do secretário-geral da ONU, Mohamed Ibn Chambas, "lamentou as recentes violências que mataram pessoas”.

As anteriores eleições, na Guiné, nomeadamente as presidenciais de 2010 e de 2015, e as legislativas de e 2013, foram violentas e denunciadas como fraudulentas.

Terça-feira, durante uma visita aos seus candidatos dos subúrbios da capital, o chefe da oposição, Cellou Dalein Diallo, afirmou que já não aceitaria fraudes eleitorais.

Domingo, o chefe do Estado, Alpha Condé, apelou aos seus apoiantes a rejeitarem a fraude, depois do voto.

A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), prometeu publicar os resultados até ao fim de semana.

Conosaba/angop

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